Sendo a informática um tema
extremamente amplo especificaremos neste artigo o seu foco na música.
Porém, é de saber comum, que ambos estão relacionados de tal
forma, que encontramos outro grande campo quando entramos nesta
temática. A música é um meio influenciado diretamente pelas redes
sociais e pela mídia havendo assim a perda do valor musical como
algo concreto: a baixa valorização do CD, do DVD, os já quase
extintos discos e tapes, além da perda da qualidade não apenas
sonora, mas também rítmica, já que muitos instrumentos são
trocados pela comodidade da mixagem informatizada.
Quanto às redes sociais, sabemos que
estas têm grande influência na vida da sociedade atual, o que leva
a uma disseminação de assuntos e informações muito mais rápida,
ou seja, artistas e músicas são lançados diariamente e, se for do
agrado popular, conseguem seus “15 minutos de fama”. Entra aí, a
influência da mídia, que promove o que for de agrado do público,
seja no rádio ou em novelas e propagandas televisivas, formando
assim um ciclo constante de comunicação.
Todavia, a internet pode se tornar uma
ameaça para o setor musical quando se leva em consideração
questões como a pirataria, mesmo que doméstica. Hoje, praticamente
todas as pessoas que tem computador em casa fazem downloads
constantes de músicas, filmes ou vídeos, o que faz com que as
vendas de CD’s e DVD’s despenquem significativamente, já que
sobre estes vão não só o custo para sua fabricação, mas também
impostos extremamente altos. Valores tais, que não são encontrados
quando baixamos arquivos da internet.
Assim, nos questionamos como isso pode
mudar? Se a facilidade que a internet oferece para os internautas é
tão mais rápida e também acessível, e é aí que entramos com o
enfoque principal, a educação. É a partir da escola que as
crianças de hoje podem conhecer diferentes meios de musicalidade e
ritmos musicais, pois
(...) o simples fato de conteúdos musicais serem expostos em uma realidade musical, não levará os educandos a uma conscientização do seu papel como ser produtor/reprodutor de cultura. É preciso realizar uma educação musical consciente, inquiridora, capaz de ser um ato de reflexão, e que este ato de reflexão seja uma ação constante, levado à vida cotidiana do educando. Uma educação que considere também o valor da subjetividade impregnado nestes momentos, desconsiderá-lo seria desconsiderar dados significativos que fazem parte dos momentos de reflexão para uma verdadeira compreensão e desmistificação de saberes instituídos e posturas de vida impostos, tidos como verdades incontestáveis (LIMA,2002, p. 62).
Não deixando que o assunto se
acomode, fazendo com que os educadores passem aos alunos diferes
métodos musicais, com diferentes musicalidades, colocando para as
crianças músicas rítmicas, instrumentais e deixar um pouco de lado
músicas infantis, onde cantores adultos infantilizam a voz para
tentar de alguma maneira tornar isso atrativo para as crianças. O
assunto se tornará atrativo no momento que o projeto for atrativo,
principalmente no Estágio Operatório – Concreto, colocado por
Piaget entre em média dos 7 aos 11 anos, onde a criança “não
se limita a uma representação imediata, mas ainda depende do mundo
concreto para chegar à abstração”, defendendo
assim a relação da música ao mundo.
Desse
modo, podemos afirmar que a música e a informática estão sobre
grandes influências, sendo elas sociais, midiáticas e
socioculturais. Estas se adaptam as novas tecnologias que acabam
influenciando a população.
A informática trouxe
métodos mais fáceis e mais baratos para as pessoas conseguirem
músicas, como por exemplo, os downloads gratuitos. Com isso, ficou
muito mais simples de se divulgar quaisquer estilos musicais,
qualquer musico consegue divulgar em grande escala suas musicas,
barateando para o ouvinte e exterminando a comprar de CD,
DVD, discos e tapes. Por
consequência, as crianças acabam aprendendo que a música é uma
coisa digital, não se interessando mais em aprender a tocar, a
cantar músicas da sua faixa etária, pois qualquer música que faz
sucesso na internet, reflete no dia a dia das escolas, onde crianças
cantam sem ao menos saber o significado da letra.
REFERÊNCIA
BIBLIOGRAFICA:
PIAGET,
Jean. Psicologia e
Pedagogia. Editora
Forense Universitária.
9ª edição – 1998
9ª edição – 1998
LIMA,
Maria Helena de. Música, mídia, novas
tecnologias e contexto escolar’ – novas perspectivas, modelos e
significados em educação musical: algumas reflexões, interlocuções
e variações sobre o tema. Cadernos do
Aplicação, Porto Alegre, v. 21, n. 2, jan./jun. 2008.